segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Emissões de dióxido de carbono

As emissões de dióxido de carbono continuam a constituir a principal fonte do aquecimento global do planeta. Actualmente, estima-se que o Homem emite para a atmosfera mais de 35,5 biliões de toneladas de dióxido de carbono por ano.

Enquanto isso continuam as negociações de compra de quotas de poluição entre os diferentes países do mundo, como se se trata-se de um negócio "limpo". Só que neste caso, determinados países ao invés de reduzirem as suas emissões ao máximo, não se contentam com as quotas que possuem e compram quotas de poluição atribuídas a países menos industrializados que não as utilizam na sua totalidade.

As negociações são guiadas pelas regras comuns de mercado, podendo ser efetuadas em bolsas, através de intermediários ou diretamente entre as partes interessadas.

Na actualidade a China, a Índia em conjunto com a Austrália, Coreia do Sul e Japão produzem quase metade dos gases causadores do aquecimento global.

Será que se trata de um negócio legítimo?

 

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Algumas dicas para poupar energia

Como a produção de energia eléctrica a nível mundial ainda assenta em valores elevados da queima de combustíveis fósseis, devemos adoptar, no nosso quotidiano, medidas eficazes de poupança energética. São pequenos gestos que multiplicados por milhões fazem, de facto, a diferença.

O objectivo é reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2) para a atmosfera, que é altamente responsável pelo efeito de estufa que provoca o aumento da temperatura do planeta, dando origem ao aquecimento global, com todas as consequências daí advenientes.

Seguem-se agora as medidas definidas pela EDP como mais importantes a realizar no nosso dia-a-dia.

Tu podes ajudar:
  • não deixes o carregador do ipod ou do telemóvel na ficha depois de carregado.
  • planta uma árvore – as árvores absorvem CO2 e evitam que o nosso Planeta se torne demasiado quente.
  • não abras as janelas quando o Ar condicionado está ligado.
  • desliga completamente o computador, a playstation, a televisão, as aparelhagens e o dvd quando não estiveres a utilizá-los. Se a luz não apagar continuas a gastar energia.
  • não abras a porta do frigorífico muitas vezes e quando abrires sê rápido, para o frio não sair.
  • usa o máximo possível, durante o dia, a luz do sol.
  • utiliza lâmpadas ou outros produtos eficientes.
  • apaga as luzes e a televisão nas divisões da casa onde não está ninguém.
  • não coloques alimentos e bebidas quentes dentro do frigorífico, ao aumentar a temperatura dentro do frigorífico vais obrigá-lo a produzir mais energia.
  • evita os produtos embalados. As embalagens criam demasiado lixo!
  • ao escolheres legumes e fruta, prefere produtos nacionais e locais. Quanto menos km andarem até chegarem à tua boca, mais eficientes são. Dá prioridade à agricultura biológica.
  • recicla. Lata, garrafas, sacos de plástico, jornais, coloca-os nos ecoponto.
  • conversa com os teus pais, amigos e professores sobre eficiência energética, deixa que eles descubram o que tu já sabes.
É fácil, não?

Clica nos linkes abaixo para fazeres uma estimativa do consumo de energia em tua casa e compará-lo com a média nacional, bem como conheceres o teu perfil de consumo. Assim, poderás saber se necessitas de adequar o teu consumo a uma nova realidade, necessariamente mais ecológica.

ztarmail.gif (11175 bytes)  http://www.eco.edp.pt/pt/particulares/simular/simulador-simplificado/simular

    ztarmail.gif (11175 bytes) http://www.eco.edp.pt/pt/particulares/simular/o-seu-perfil-de-eficiencia-energetica/simular

terça-feira, 17 de maio de 2011

Níveis preocupantes de redução da camada de ozono no Árctico

Ao contrário do que estamos habituados nos últimos anos, as notícias sobre o buraco na camada de ozono incidem agora no Árctico.

De facto, segundo a OMM (Organização Mundial de Meteorologia), devido à presença na atmosfera de substâncias nocivas e ao inverno muito frio, o buraco na camada de ozono do Árctico atingiu, nesta primavera, níveis recordes. 
As observações realizadas, a partir do solo, por sondas colocadas em balões e por satélite, revelaram que a camada de ozono no Árctico apresenta uma perda de 40%, batendo o último recorde de 30%, o que se revela, no mínimo, preocupante.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

A importância da camada de ozono na atmosfera

A camada de ozono localiza-se na estratosfera (a partir dos 25 km de altitude) e possui a capacidade de absorver o calor irradiado pelo sol, contribuindo para o equilíbrio térmico do planeta Terra (15º C).

Para além da absorção de calor, a camada de ozono filtra cerca de 95% das radiações ultra-violetas, que são nocivas para os seres vivos. Porém, os 5% restantes são benéficos para a vida, pois contribuem para a produção de vitamina D, indispensável ao normal desenvolvimento dos ossos.

Desta forma, o problema surge quando estas percentagens se desiquilibram, passando pela camada de ozono mais do que os 5% ideais.


Os agressores da camada de ozono

A agressão que vêm sendo realizada pelo Homem à camada de ozono, com a emissão de CFC (clorofluorcarbonetos), provenientes, sobretudo dos sistemas de refrigeração, dos aerossóis, de espumas e solventes industriais, são os principais responsáveis pela destruição desta camada. Basta, para isso, referir que um único átomo de cloro destrói milhares de moléculas de ozono e que alguns CFC podem manter-se na atmosfera durante mais de 100 anos!

Outros gases agressores: Halons, presentes em extintores, o Tetracloreto de carbono, utilizado em laboratórios e o Brometo de metilo, presente nos pesticidas agrícolas.

Principais consequências dos gases agressores:

A principal consequência dos gases agressores é a diminuição da espessura da camada de ozono, ou seja, o designado "buraco de ozono". A partir daí, a protecção exercida sobre os raios UV (ultravioletas) é menor e podem surgir problemas graves, tais como:

- Saúde humana: cancro da pele (em Portugal registam-se, a cada ano que passa, mais 10 000 novos casos de cancro da pele); queimaduras e envelhecimento precoce da pele; cataratas (doença oftalmológica) e diminuição da protecção imunitária do nosso organismo, o que pode conduzir ao aparecimento de doenças infecciosas.
Plantas e fitoplâncton: afecta o crescimento das plantas e produz alterações genéticas no fitoplâncton, introduzindo-se, depois, na cadeia alimentar.  

Formas de reduzir os efeitos agressores (exemplos):

- Verificar se os aerossóis (sprays) estão rotulados como protectores da camada de ozono;
- Fazer uma correcta manutenção dos aparelhos de ar condicionado;
- Ao entregar equipamentos de refrigeração nos pontos electrão, ou locais de recolha própria, retirar o gás refrigerante dos mesmos, em empresas específicas para o efeito;
- Verificar se os extintores que utilizamos possuem produtos alternativos aos Halons;

Estas medidas que vão de encontro às iniciativas tomadas no Protocolo de Montreal, onde se recomendou aos países a não utilização de CFC e, por exemplo, a utilizaçao de butano e propano, em sua substituição, dando a cada um dos países que assinaram o protocolo (150 no seu total) dez anos para a adaptação às novas recomendações.

As medidas tomadas preveêm a estabilização e regeneração da camada de ozono. A recomposição total da espessura da camada de ozono perspectiva-se para 2065.

Razões para a origem de terramotos continuados no Japão

O Japão é um país caracterizado pelo seu relevo montanhoso de origem vulcânica. O seu ponto mais alto atinge-se aos 3 776 metros de altitude no conhecido monte Fuji.

Localizado no Círculo de Fogo do Pacífico (ou Anel de Fogo do Pacífico), em plena bacia do oceano Pacífico, onde se verificam constantes movimentos de placas tectónicas, o Japão possui oitenta vulcões activos no país e os sismos são consequência disso mesmo. A enorme quantidade de vulcões mostra que nas profundezas do arquipélago o solo é instável e cheio de energia. Isso faz com que o país esteja entre os que mais terramotos registam no mundo e de intensidades elevadas.
Localização do JapãoMapa do Japão


O que é uma placa tectónica?
Uma placa tectónica é uma porção de litosfera limitada por zonas de convergência. As placas convergem horizontalmente, dando-se uma zona de choque entre as mesmas ou de  subducção, em que uma placa mergulha por debaixo de outra placa.
Assim, é nas zonas de fronteira entre placas que se regista a grande maioria dos terramotos e erupções vulcânicas.
O Japão, devido à sua posição geográfica, torna-se assim, um país muito atreito a terramotos porque o seu território enquadra-se na zona de convergência de 4 placas tectónicas diferentes. 
Este mapa que representa as principais placas tectónicas do mundo, permite enquadrar o território japonês na zona de convergência de 4 placas diferentes!

Sismo de 8,9 na escla de Richter e Tsunami no Japão - Consequências e evolução

Só agora escrevo sobre a maior catástrofe natural registada no Japão, desde que há memória. Este tipo de catástrofes têm repercussões e consequências relativamente prolongadas no tempo. Certamente, o que aqui escreverei não será, infelizmente, o final deste triste episódio da "ira da natureza", mas já me permitirá fazer um balanço mais completo desta catástrofe.

 

Intensidade da catástrofe

 

O primeiro sismo, seguido de pelo menos quatro réplicas fortes (uma delas atingiu 6,6 na escala de Richter, em Tóquio), foi registado às 14h46 do 11 de Março, a 179 quilómetros a leste de Sendai, ilha de Honshu, e a 382 quilómetros a nordeste de Tóquio, segundo o Instituto de Geofísica dos Estados Unidos (USGS).


Este sismo foi o mais forte desde o início das medições da intensidade sísmica no Japão, ou seja há 140 anos atrás!

O Tsunami que se lhe seguiu provocou ondas desvastadoras, que entraram costa a dentro e que atingiram cerca de 15 metros de altura, destruindo tudo o que se lhe deparava à frente (carros, estradas, casas...), como se tratasse de um filme apocalíptico.

No site da visão Júnior existe uma série de imagens ilustrativas do tsunami. Deixo aqui o endereço electrónico como complemento deste artigo.
ztarmail.gif (11175 bytes)http://aeiou.visao.pt/sismo-e-tsunami-no-japao=f594205

Esta onda gigante chegou a preocupar os países banhados pelo oceano Pacífico, tendo ocorrido consequências no estado da Califórnia (EUA) e Havai, mas sem consequências graves.

Réplicas

Várias réplicas se têm verificado desde 11 de Março último, mas os números são impressionantes: mais de 1 000 terramotos (todos superiores a 4,5 graus na escala de Richter). Destes 408 sismos tiveram magnitude de pelo menos 5 graus, sendo que o número total poderia ser multiplicado por 10 se se tivesse em conta os sismos com menos de 4 graus.

Mais, do total dos tremores de terra, 68 tiveram uma intensidade igual ou superior a 6 graus e outros cinco registaram pelos menos 7 graus (a mesma intensidade que provocou 300 000 mortos no Haiti, em Janeiro de 2010).
 Os epicentros de todos estes abalos cobrem uma área de 500 quilómetros de norte a sul, entre as costas de Iwate e Ibaraki, e 200 quilómetros de oeste para leste.
Consequências - números arrepiantes

O sismo e o tsunami que se seguiu provocaram a maior crise humanitária da história do Japão desde a Segunda Guerra Mundial (bomba atómica).
 

As perdas humanas eram imprevisíveis, só na manhã seguinte foram encontrados 2000 corpos junto à costa e ainda não se sabia quantos passageiros continha o comboio que foi literalmente arrastado pela força das águas.

Mas o drama humano atingiu números muito superiores e até hoje estão contabilizados 14 949 mortos, continuando desaparecidas 9 880 pessoas, que pode elevar o número total de mortes até aos cerca de 25 000.
As equipas de socorro fazem o que podem para encontrar sobreviventes. Uma tarefa partilhada pelos familiares dos desaparecidos. Os que escaparam à tragédia deparam-se com a falta de comida, água e de apoio.

Quase 131 000 japoneses estão alojados, de forma provisória em edifícios públicos.

Mais de 95 000 edifícios nas regiões afectadas ficaram completamente destruídos.

Cerca de um milhão de casas ficou sem electricidade.

O governo japonês estima que poderá levar cerca de 10 anos até conseguir reconstruir, por completo, as áreas mais afectadas.

Foram produzidos 25 milhões de toneladas de escombros que deverão ser removidas ao longo de 3 anos, estando agora esses escombros amontoados ao longo da costa. O devido armazenamento destes escombros é, igualmente, uma grande preocupação.

Outra enorme preocupação é agora as centrais nucleares afectadas pela catástrofe natural. Os níveis de radioactividade no ar e nas águas, são inúmeras vezes superiores aos valores considerados normais. Mas esta temática deixarei para um próximo post, pois a questão da produção de energia eléctrica a partir de centrais nucleares merece uma grande preocupação ambiental e humana e o seu devido destaque.

Termino esta reflexão com mais algumas imagens ilustrativas desta tragédia que perdurará para sempre na história das maiores calamidades naturais do planeta.

Imagens inéditas do sismo (euronews)
A guarda costeira japonesa divulgou um vídeo com imagens impressionantes do tsunami do dia 11 de Março.
São imagens do momento em que a vaga arrastou tudo no porto e no aeroporto de Sendai e também em várias localidades costeiras das províncias de Iwate e Miyagi.

Vídeo do Tsunami no Japão

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Fotografias do Terramoto e Tsunami no Japão

Estas são algumas das melhores fotografias retiradas da tragédia ocorrida no Japão em 11 de Março de 2011.

Tsunami redemoinho e ondas perto de um porto em Oarai, Ibaraki (estado) depois do Japão ter sido atingido por um forte sismo ao largo da costa nordeste da sexta-feira 11 de marco, 2011.


Aeroporto de Sendai cercado por águas em Miyagi.
O tsunami ao longo Iwanuma no norte do Japão nesta sexta-feira 11 Março de 2011. O terremoto de magnitude 8,9 bateu costa leste do Japão na sexta-feira, desencadeando um tsunami de 13 pés (4 metros) que varreu barcos, carros, edifícios e toneladas de detritos para o interior.

Fotografias retiradas do site NP - Notícias de Portugal.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Pepsi - nova garrafa 100% reciclável

O grupo alimentar PepsiCo anunciou que projectou a primeira garrafa de plástico feita inteiramente com materiais vegetais e 100 por cento reciclável.

"A PepsiCo, como um dos maiores grupos agro-alimentares do mundo, está numa posição única para utilizar os seus recursos na produção de uma garrafa 'amiga' do ambiente”, disse a chefe executiva da empresa. Segundo Indra Nooyi, pretende-se criar "um modelo de negócio sustentável" e diminuir a sua dependência relativa a materiais à base de petróleo.

O grupo diz ter descoberto uma estrutura molecular idêntica à que utiliza para produzir as embalagens de plástico, feitas a partir de derivados de petróleo. O resultado, explica, é “uma garrafa que se apresenta, se sente e protege o produto da mesma forma que as embalagens existentes em Pet [garrafa de plástico feita de politereftalato de etileno]”. Contudo, a nova embalagem é feita inteiramente de “matérias-primas orgânicas”, afirmou a PepsiCo em comunicado. A empresa refere que são utilizados ingredientes como erva, casca de pinheiro e folhas de milho. “No futuro, o grupo planeia incluir cascas de laranja, de batata e aveia, assim como outros produtos agrícolas provenientes da produção agro-alimentar”, acrescenta.

A nova garrafa vai começar a ser produzida em 2012, ainda numa fase experimental. Se os resultados forem positivos após o período de testes, a empresa pretende comercializar “em grande escala”. Mas admitiu que vai demorar alguns anos para conseguir produzi-la e comercializá-la de forma viável.

A PepsiCo afirma que a tecnologia utilizada para a criação desta garrafa é melhor que a da sua concorrente CocaCola, que usa 30 por cento de materiais biológicos. A mesma empresa já tinha desenvolvido uma embalagem de plástico 100 por cento reciclável, mas para batatas fritas. No entanto, foi retirada do mercado porque os consumidores se queixaram que fazia muito barulho.

De acordo com a Mother Nature Network (Rede Mãe Natureza), são utilizadas aproximadamente 1,5 milhões de toneladas de plástico por ano. O que equivale à utilização de 175 milhões de litros de petróleo para o fabrico das embalagens, números da Food and Water Watch.

Esta notícia retirada do Jornal "Público", não deixa de ser interessante, mas pode encerrar algumas questões.

Senão vejamos, em primeiro lugar, a produção da referida garrafa só poderá vir a ser comercializada daqui a uns anos (pós 2012). Se entretanto vier a ser. Porém, a ideia é excelente e se for viável a natureza agradece e nós também.

Por outro lado, é interessante observar que as questões ambientais estão tão em voga, que muitas das vezes servem, nitidamente, como plano de marketing e publicidade, bem como argumento para bater a concorrência.

Seja qual for o objectivo, o planeta agradece!

segunda-feira, 14 de março de 2011

Revolução no Iémen

Também no Iémen, desde 14 de Fevereiro, existem movimentos de revolta contra o presidente Ali Abdullah Saleh. O movimento de revolta contra sistemas ditatoriais tem conhecido proporções nunca antes observadas. O movimento de revolta na Tunísia alastrou pelo mundo árabe e são muitos os países que contam com movimentos semelhantes, nomeadamente em Marrocos, Argélia, Líbia, Egipto (que já originou a queda de Mubarak), Iémen, Barhein, Arábia Saudita, Irão, passando, também, pela Costa do Marfim e Sudão.

Restará saber se estes movimentos originarão a implantação de regimes livres e democráticos, capazes de acrescentar qualidade de vida às populações desses países.

O Iémen é um país árabe, situado na extremidade sudoeste da Península Arábica. Faz fronteira, a norte, com a Arábia Saudita, a leste com Omã, a sul com o mar da Arábia e pelo golfo de Áden, possui ainda uma ligação à Eritreia através do mar Vermelho.

Possui, ainda, algumas ilhas situadas ao largo do Corno de África. A sua capital é Sana.

O Iémen, possui uma área de 527 968Km2, e possui cerca de 20.000.000 de habitantes.


Localização  República do Iémen

Também aqui se originaram movimentos de contestação ao líder. Cerca de três mil estudantes e activistas manifestaram-se, em 14 de Fevereiro na capital do Iémen exigindo a demissão do presidente Ali Abdullah Saleh, que se viu forçado a reforçar a segurança na capital e deixando claros sinais de estar disposto a reprimir com violência novas manifestações. Acrescente-se, que Saleh está no poder há mais de três décadas (32 anos) e mantém nas estruturas do poder diversos familiares.

Ainda até hoje, os confrontos não pararam. Em Al-Jawf aconteceram novos violentos confrontos entre a população e os militares, que invadiram um edifício do governo municipal.

Confrontos semelhantes aconteceram em Maarib (região do centro do Iemén, onde se encontram diversos campos de petróleo e gás natural), em Taiz (cidade a 200 quilómetros a sul da capital). Sucedem-se as manifestações em Al-Hawta, capital da província de Lahej, na província de Dalea, no sul do país

Mas a a maior tensão existe na zona da capital onde se encontram acampados há várias semanas 20 mil manifestantes, cercados por soldados e veículos blindados que podem atacar a qualquer momento.
Estes confrontos e a violência exercida sobre os manifestantes impediram um acordo, quase atingido, entre Saleh e a oposição, que se baseava na renúncia à presidência, no fim do presente mandato, em 2013, reforma das leis eleitorais e não passar o poder para o seu filho. 

A ONU, em nota, Ban Ki-moon disse que governo e oposição têm que chegar a um entendimento para o diálogo.
O Secretário-Geral da ONU está preocupado com o uso da força policial contra manifestantes no Iémen.

A ONU defende que o governo iemenita deve respeitar os direitos humanos internacionais e investigar as alegações de assassinatos e outras violações.

domingo, 13 de março de 2011

Costa do Marfim

Ainda a propósito de ditaduras a nível mundial, a Costa do Marfim, o principal produtor de cacau do mundo, ainda enfrenta o fantasma do défice democrático.

A Costa do Marfim é um país africano, limitado a norte pelo Mali e pelo Burkina Faso, a leste pelo Gana,  a sul pelo Oceano Atlântico e a oeste pela Libéria e pela Guiné. A sua capital é Yamoussoukro.

Localização  República da Costa do Marfim

A história já é longa e parece não ter fim.

As eleições para a presidência do país, do dia 28 de Novembro de 2010, (que já deveriam ter ocorrido em 2005, mas que foram sucessivamente adiadas) deram a vitória a Alassane Ouattara, facto não aceite pelo anterior líder, desde 2000, Laurent Gbagbo, que continua a controlar as forças armadas.

Desde logo, se iniciaram confrontos, e até meados de Dezembro, registou-se a morte de, pelo menos,  296 pessoas, segundo a missão da Organização das Nações Unidas (ONU). Para além das forças militares, Gbagbo conta com mercenários, nomeadamente antigos combatentes da Libéria.

Gbagbo procurou sempre esconder esta realidade, proibindo a liberdade de imprensa, limitando o seu acesso aos locais dos conflitos.

A situação tornou-se caricata tendo Laurente Gbagbo, assumido o cargo de Presidente da República, com o apoio do Conselho Constitucional, ignorando os resultados eleitorais. A sua tomada de posse foi, inclusive, transmitida pela televisão, apesar do não reconhecimento internacional, nomeadamente a ONU, os Estados Unidos, a União Europeia e a França.

Ao mesmo tempo Alassane Ouattara, também prestou juramento na qualidade de Presidente da República da Costa do Marfim, visto ter vencido as eleições, com uma vitória por 54,1%, contra 45,9%.
As eleições foram supervisionadas pela ONU e as principais missões de observação internacionais consideraram que as eleições foram conduzidas de forma adequada, apesar dos incidentes às vezes violentos.

Com isto, a Costa do Marfim passou a contar com dois presidentes: Gbagbo, com o apoio do Exército e o controle da televisão, e Outtara, com o suporte da comunidade internacional.

Laurent Gbagbo enfrentou, ainda a ameaça de uma operação militar da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), caso não entregasse o poder a Ouattara. Mas não cedeu.

Os vários esforços realizados por governantes de vários países africanos, no sentido de Gbagbo aceitar o resultado eleitoral, também foram em vão. Gbagbo não quer deixar o poder.

Este tipo de instabilidade política conduz a prejuízos evidentes para a população e põe em risco a economia do país, podendo originar problemas de privação para milhares de costa marfinenses. Por exemplo, o Banco Mundial, em Dezembro, congelou os financiamentos à Costa do Marfim, com receio de uma possível nova guerra civil,à semelhança do que aconteceu entre 2002 e 2007.

A Costa do Marfim mergulhou numa crise depois que o Conselho Constitucional proclamou a vitória de Gbagbo nas eleições de 28 de novembro, que, segundo a comissão eleitoral e a ONU, foi vencida por Alassane Ouattara.  Foto:Issouf Sanogo/AFP Foto APP
Alassane Outtara

Laurent Gbagbo, continua a rejeitar as propostas de resolução do conflito da União Africana para resolver o conflito e ameaça novamente a ONU, afirmando que irá bloquear os voos da ONU no espaço aéreo marfinense.
E a prova que o problema está para durar, foi mais uma intervenção armada das forças fiéis ao presidente cessante Laurent Gbagbo, que no último sábado atacaram, com recurso a helicópteros e carros blindados ao bairro de Abobo, território onde se encontra Alassane Ouattara, dando a origem a mais mortes de civis, que são, sempre, as principais vítimas dos ditadores que ainda hoje prevalecem em muitos países, sobretudo, africanos e asiáticos.

Laurent Gbagbo, assume posições radicais, e exigiu que a missão de paz da ONU deixe o país, em retaliação à tomada de decisão da ONU em considerar os resultados eleitorais válidos e consequentemente a sua derrota.

Porém, a ONU rejeitou a saída e renovou a sua missão por mais seis meses, mantendo cerca de 800 soldados da paz para protegerem Alassane Ouattara.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Queda do regime ditatorial no Egipto

O Egipto enfrentou uma grande convulsão social, face ao cansaço provocado, na população em geral (que envolveu muçulmanos, cristãos coptas, e particularmente os jovens), pela posição governativa ditatorial de Hosni Mubarak, implementada no país há cerca de 30 anos.
Localização do República Árabe do Egito
Com uma área de cerca de 1 001 449 km² (29.º maior do mundo), o Egipto faz fronteira a oeste com a Líbia, a sul com o Sudão e a leste com a Faixa de Gaza e Israel. O litoral norte é banhado pelo mar Mediterrâneo e o litoral oriental pelo mar Vermelho. A península do Sinai é banhada pelos golfos de Suez e de Acaba. A sua capital é a cidade do Cairo.

O Egipto é um dos países mais populosos de África. A grande maioria da população, estimada em 80 milhões de habitantes (2007), vive nas margens do rio Nilo (99% da população, que corresponde a cerca de 5,5% da área útil do país), praticamente a única área não desértica do país, com cerca de 40 000 km2, visto que grande parte do seu território é
ocupado pelos desertos do Sara e Arábico.

Apesar de ser um país com reservas de petróleo e carvão (estas muito consideráveis), vive essencialmente da agricultura (culturas tradicionais, algodão e cana-de-açucar), turismo e as receitas proporcionadas pela rota marítima do canal Suez.

Todas estas riquezas, não alívia a pobreza sentida por grande parte da população, que vive com cerca 1,5€/dia, os indícios de elevada corrupção, o abalroamento dos direitos da liberdade de expressão e o incumprimento dos direitos humanos, foram factores decisivos nesta enorme vaga de protestos, gerando altos níveis de instabilidade política e social.

Hosni Mubarak, perante uma revolta tão intensa do povo Egípcio, durante 18 dias, não teve alternativa e demitiu-se, a 11 de Fevereiro, entregando o poder ao Conselho Supremo das Forças Armadas (que sempre o apoiaram contra os manifestantes) por um período de seis meses, a fim de garantirem a gestão corrente do país e conduzir o processo de eleições democráticas.

Certamente, não irá ser um processo fácil e a liberdade tão exigida pelos Egípcios ainda terá um processo de transição, esperando-se que a construção da democracia será uma tarefa difícil.


Quem é Hosni Mubarak?
Nascido em 1928, é presidente do Egipto desde Outubro de 1981, depois do assassinato de Anwar Sadat, de quem foi vice. Mubarak sempre governou o Egipto com mão de ferro, escorado numa lei de emergência que dá ao Estado amplos poderes repressivos. 
Mubarak,  continua no poder depois de vencer quatro eleições presidenciais, sendo que em três disputou como candidato único. Críticos acusam o presidente e ao seu Partido Nacional Democrático de cometer fraudes nas eleições e de suprimir grupos de oposição do processo eleitoral, especialmente o movimento Irmandade Muçulmana.

Para muitos analistas políticos, o precedente aberto no Egipto terá uma força contagiadora aos países vizinhos, adivinhando-se conflitos sociais e instabilidade política no designado mundo árabe.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Regimes ditatoriais ou défice democrático no mundo

Um dos obstáculos ao desenvolvimento diz respeito à falta de democracia, ou seja, regimes governativos que apresentam défices democráticos, ou até mesmo ditaduras militares.

Enquanto que a democracia, pressupões eleições entre os diversos partidos políticos, onde prevalece o respeito pelos direitos humanos e pela liberdade de imprensa.

Sempre que falamos em défice democrático, falamos de países com partidos únicos, regimes militares ou ditatoriais.

Estes regimes não respeitam os direitos humanos e a liberdade de imprensa. Concomitantemente, promovem a corrupção desmedida, o desvio de capitais e o favorecimento das classes dirigentes. Estas situações acabam por estar na origem de confrontos e instabilidade política e social, devido à revolta dos povos submetidos a este tipo de regimes.

De entre eles, existem desde os mais repressivos aos menos repressivos, dando origem a países sem liberdade ou parcialmente livres.

Clique na hiperligação abaixo e observe o mapa mundo que representa o mapa da liberdade de 2010.
Poderá constatar que o número de países sem liberdade ou liberdade condicionada no mundo é extremamente preocupante.

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Os continentes mais afectados pela falta de liberdade são, sem dúvida, o africano e o asiático.
Actualmente, o movimento de protesto popular na Tunísia, que depôs o presidente autocrático Zine el-Abidine Ben Ali em 14 de janeiro, despertou os cidadãos que vivem sob regimes autoritários em todo o mundo árabe, exigindo novas lideranças, eleições livres e justas, e maior liberdade na suas vidas diárias.

Podemos estar na presença de um movimento histórico que seja rampa de lançamento para uma nova, e melhor, realidade para este tipo de países.

O défice democrático no Sudão - A independência do sul

 Sudanês com bandeira do Sudão do Sul durante o anúncio dos resultados preliminaresO Sudão é uma república que representa um dos vários exemplos de défice democrático no continente africano, onde todo o poder está nas mãos do presidente Omar Hasan Ahmad al-Bashir.

Omar al-Bashir e o seu partido está  no poder desde o golpe militar de 30 de Junho de 1989.

Perfaz, actualmente, 22 anos à frente dos destinos do Sudão, o maior país africano, com uma área total de  2 505 813 Km2, mais de 27 vezes o tamanho de Portugal, e o décimo do mundo.

Situado no norte do continente africano, tem o mar Vermelho como costa a nordeste. Faz fronteira com 9 países, nomeadamente: a  República Centro-Africana, o Chade, a República Democrática do Congo, o Egipto, a Eritreia, a Etiópia, o Quénia, a Líbia e Uganda.
Localização do Sudão



O Sudão repleto de diferenças étnicas e religiosas, tornam-no um país de diferentes costumes e culturas, com um fosso muito grande entre o norte muçulmano e árabe, e o sul, afro-cristão ou pagãos que conservam os seus dialectos tribais.

No conjunto da população, os principais grupos étnicos são os árabes sudaneses (49%), os Dinkas (12%), os Núbios (8%), os Bejas (6%), os Nuers (um dos povos com a estatura mais elevada do mundo, sendo vulgar homens com mais de 2 metros de altura) (5%) e os Azandes (3%).

Mas é entre a população do norte e a do sul, que residem os grandes conflitos, bem como na região do Darfur, onde a população negra vai sendo dizimada pela população de origem muçulmana.

O conflito entre norte e sul teve o seu término no ano de 2005, quando se conseguiu um acordo de paz, após duas décadas de guerra civil, que causou mais de 2 milhões de mortos.

A realização de uma consulta popular (referendo) para a independência do sul estava prevista nesse acordo de paz. Mas só, passados 5 anos, é que o referendo se concretizou, tendo-se mantido uma grande instabilidade na região durante este período.

O referendo realizado entre 9 e 15 Janeiro, deste ano, no sul do Sudão, decidiu a independência, com cerca de 99% de votos a favor. O país, que passará a existir oficialmente em Julho, designar-se-á de Sudão do Sul. República do Nilo era outro dos nomes possíveis.

As negociações com o Norte acerca da divisão do país estão em andamento e o Sudão do Sul tem agora exigentes desafios inerentes à criação de uma nova nação, apesar de o presidente Sudanês já ter afirmado que respeita a independência do sul do país e, com as quais, pretende ter as melhores relações.

Crê-se que, agora, terminou um dos mais sangrentos conflitos armados no continente africano, que em muito prejudicaram o desenvolvimento do país, que assenta na produção de produtos primários agrícolas, essencialmente, o algodão, o esteio da sua economia, pese embora os recursos petrolíferos do país, que certamente, poderão mudar o paradigma económico do país.

Estas alterações geopolíticas, são, também, muito importantes a nível internacional. No caso do Sudão, um país cuja população (cerca de 80%) trabalha na agricultura, reserva também muitas outras riquezas O Sudão tem um solo muito rico: petróleo, gás natural, ouro, prata, crómio, manganês,  zinco, ferro, chumbo, urânio, cobre, granito, níquel e alumínio, são alguns dos exemplos a referenciar.
Não foi assim, de espantar, que as duas grandes potências económicas da actualidade, os EUA e a China (que relegou, este ano, o Japão para 3.ª economia mundial) se tivessem pronunciado publicamente, pois as relações comerciais com o Sudão, pelas suas riquezas, é importante.

Barak Obama, o presidente dos Estados Unidos, referiu que os Estados Unidos vão reconhecer o sul do Sudão como um Estado soberano e independente no próximo Verão( aquando da proclamação da independência, em Julho). Manifestando, assim, o seu apoio inequívoco ao futuro Sudão do Sul. Igualmente, anunciou que vai retirar o Sudão da lista de países terroristas.

A República Popular da China afirmou, igualmente, que vai respeitar a independência do Sudão Sul, apesar do apoio que a China prestava ao presidente Omar al-Bashir.

Contudo, estas posições dos gigantes económicos não podem ser desligadas dos interesses que o petróleo, que existe no sul do Sudão, desperta.
Economia à parte, o que é de mais relevante, é o facto de se poder concluir o processo de paz entre norte e sul do Sudão, terminando mais um conflito no continente africano, que não trouxe mais do que um elevado número de vidas, destruição de infra-estruturas e o crescimento da pobreza em determinadas regiões do país.

Espera-se, agora, um novo futuro!




quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

As convulsões sociais da actualidade e o comércio internacional de Portugal

O comércio internacional, representa uma fonte de lucros para a economia de um país, a partir das exportações. O aumento das exportações contribui decisivamente para o PNB (produto nacional bruto).

As convulsões sociais, os regimes ditatoriais e os conflitos armados que existem a nível mundial, constituem, à partida, óbices ao desenvolvimento do comércio internacional.

As convulsões sociais, de afronta às  governações repressoras de países como a Tunísia, o Egipto ou até mesmo o Iémen, podem ter algumas repercussões no valor das exportações de Portugal, pese embora não sejam os mercados das principais exportações portuguesas.

O que resta saber é, uma vez terminadas as convulsões sociais desses países e instalado um poder democrático, se se vão criar novos mercados mais abertos e disponíveis às exportações nacionais.

Esta é, decididamente, uma questão que só poderá ter resposta no futuro (apesar de não muito longínquo), mas que não deixa de afigurar  o seu estudo como pertinente e um caso a seguir com atenção.

Entrando na hiperligação que abaixo se encontra referenciada, podemos ficar com uma ideia da importância actual desses mercados para a economia nacional, que tipos de empresas operam nesses países e quais os principais produtos exportados.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Sudão um país em contínua guerra civil?

Darfur, região situada na região Oeste do Sudão, é afectada por problemas graves, quer por questões climáticas como as secas e a consequente desertificação, quer pelo excessivo crescimento populacional.
Trata-se de uma região pobre, com um baixo nível de desenvolvimento. Tem cerca de 5,5 milhões de habitantes, onde apenas 15% das crianças do sexo masculino e 10% do feminino frequentam a escola.

Esta realidade originou um dos mais sangrentos confrontos da história do continente africano.
Em 2003, dois grupos armados da região de Darfur rebelaram-se contra o governo sudanês, pro-árabe. O Movimento de Justiça e Igualdade e o Exército de Libertação Sudanesa acusaram o governo de oprimir os não-árabes em favor dos árabes do país e de não apoiar a região de Darfur.
Desde então, este conflito, por muitos designado o genocídio de Darfur, opõe africanos de língua árabe e religião muçulmana e os povos não-árabes da área. O governo sudanês, eminentemente árabe, apoiou os guerrilheiros da religião muçulmana, contra as populações que vivem neste território.
Este sangrento conflito, originou já cerca de  400 000 mortos, segundo dados das Organizações Não Governamentais (ONG’s), que acompanharam este conflito armado. O número de migrantes forçados, visto terem sido obrigados a abandonar as suas terras, atingiu cerca de 2 a 2,5 milhões de pessoas. Tendo muitos deles fugido para campos de refugiados no Chade.

Passados três anos, e dada a dimensão do problema, o Conselho de Segurança das Nações Unidas, foi “obrigado” a enviar forças militares (capacetes azuis) para restabelecimento da paz, com um contingente de 20 000 homens. O Objectivo era apoiar os soldados da União Africana (uma instituição à semelhança da União Europeia que defende a promoção da democracia,  direitos humanos e desenvolvimento do continente Africano).

O Governo do Sudão opôs-se a essa resolução e intensificou os ataques à região de Darfur. Durante este conflito, o governo sudanês foi acusado de violar o direito de liberdade de expressão (chegou a obstruir e prender jornalistas), no sentido de que as notícias tivessem o menor impacto possível na comunidade internacional.

Mas a situação nunca passou despercebida, tais as proporções que havia tomado, o que levou em 2007, uma missão das Nações Unidas a clamar por uma acção internacional urgente para proteger os civis.
Por fim, em Março de 2009, o Tribunal Penal Internacional emitiu um mandado de prisão contra o presidente Omar Hassan al-Bashir, por crimes contra a humanidade e crimes de guerra em Darfur.

Darfur é hoje reconhecido como uma das maiores catástrofes humanas mundiais.
Contudo, Omar Hassan al-Bashir, continua a ser o presidente do Sudão, o maior país africano da actualidade, e que, enfrenta hoje o descontentamento dos sudaneses do sul do país que clamam pela sua independência.
Tratar-se-á de um processo pacífico?

Clica no site abaixo mencionado e consulta o site do Darfur onde podes encontrar fotos e vídeos que ilustram a infeliz realidade desta região.
ztarmail.gif (11175 bytes)http://www.pordarfur.org/htmls/EEAAVApuFyxvYQHnec.shtml

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

A China e o seu potencial nuclear


A televisão estatal da China anunciou nesta segunda-feira (3) que o país desenvolveu um processo próprio para reprocessar combustível nuclear que poderia garantir o abastecimento das suas centrais por 3 mil anos.

O país lançou um ambicioso programa para construir diversas centrais nucleares, mas o media estatal afirma que o actual stock chinês de urânio - usado no programa nuclear - é suficiente apenas para os próximos 70 anos.

Há 24 anos que cientistas chineses trabalham o método de reaproveitamento de combustível.

O novo sistema é caro e complexo, mas permite que o combustível nuclear usado seja utilizado novamente nas centrais.

A China não é o primeiro país a desenvolver estações para reprocessamento de combustível nuclear - França, Grã-Bretanha e Índia já têm tecnologias similares para isso.

Mas, no caso chinês, a tecnologia terá implicações ainda mais significativas, já que o país tem procurado reduzir a actual diversificação das suas fontes energéticas.

Fonte: BBC / G1

A escola discriminatória no Afeganistão e o papel das ONG's

O Afeganistão esteve sob o poder dos Talibã (estudantes de teologia) desde Setembro de 1996. Este regime e a  guerra que se abateu sobre o povo afegão, destruiram 3600 escolas afegãs, ou seja,  grande parte dos espaços que antes estavam reservados à escola. Em consequência, os Talibã  proibiram o ensino das meninas com mais de oito anos.

Apesar das melhorias evidenciadas, em Cabul, a liberdade de aprender nem sempre é respeitada. Por exemplo, a Escola de Música de Cabul, que reabriu depois de oito anos sem funcionar,  continua a não aceitar mulheres. 

Apesar das dificuldades, existe uma enorme vontade de estudar. Até as populações nómadas realçam a importância da educação das suas crianças. Os Kuchis, grupo nómada originário do norte do Afeganistão (província de Parwan), em vez de partir para o Sul, resolveram no último ano fixar-se na pequena vila Sherak para aí construir uma rudimentar escola para as suas 142 crianças. A escola de Sherak é desde então uma realidade. A UNICEF forneceu ardósias, livros e outros materiais escolares.
 Escola de meninas no Afeganistão

Escola para rapazes no Afeganistão

Mas a prova que as ONG (Organizações Não Governamentais) são determinantes na luta contra as adversidades e injustiças, deixo aqui o exemplo da AMI portuguesa, corajosa e persistente na luta pelas suas causas. Corajosa porque ir à escola no Afeganistão, sobretudo quando se é mulher, pode implicar uma sentença de morte. Nos últimos anos vários casos de envenenamento e ataques com ácido visando populações femininas estudantis foram notícia. O ultimo atentado conhecido ocorreu em Agosto passado e levou ao internamento de 59 alunas e 14 professoras de uma escola em Cabul, intoxicadas com um gás venenoso.

Perante estas adversidades a AMI portuguesa financia a escola primária Shawl Patcha, que é considerada um modelo no Afeganistão. A escolha acolhe actualmente 640 crianças e 24 professores e os padrões educativos são altos. As meninas têm aulas de manhã (com staff  feminino); os rapazes à tarde. Este ano, pela primeira vez, as raparigas superam os rapazes.

Trata-se de um caso de sucesso, apesar de a escola ter que ser policiada pelos membros da população em defesa da educação das suas crianças.

Artigo adaptado do Jornal "O Expresso", de 30 de Dezembro de 2010 e de um artigo publicado por Olga Pombo, da Faculdade da Universidade de Lisboa

Recolha e tratamento dos Resíduos de Equipamento Eléctrico e Electrónico

Desde 2006 que os equipamentos eléctricos e electrónicos (EEE) não podem conter metais pesados como o chumbo, cádmio, mercúrio ou níquel.

Mas, para além, dessa medida a reciclagem e reutilização dos seus componentes é fundamental. Assim, a plataforma europeia da ERP (presente em 11 países) reciclou nos últimos cinco anos um milhão de toneladas (desse total 5% pertenceram a Portugal) de Resíduos de Equipamento Eléctrico e Electrónico (REEE), o que permitiu evitar a emissão de 11 milhões de toneladas de CO2, o que equivale a retirar quatro milhões de carros das estradas por ano. 

São certamente valores muito importantes e ainda com grande margem de progressão.

Os REEE são divididos em dez categorias de equipamentos, entre as quais grandes e pequenos electrodomésticos; informáticos e telecomunicações; iluminação; ferramentas ou brinquedos e lazer.

Depois de triturados, quase todos estes resíduos terão um novo uso. Plásticos que permitem criar mobiliário de jardim, vidro para fábricas de cerâmica ou de vidro. O alumínio, o cobre e outros metais valiosos também têm mercado assegurado.

É, pois, extremamente importante colaborar nesta recolha. Os pontos electrão multiplicam-se e existem vários centros de recolha (já são 1407), que impedem que os REEE acabem nos aterros sanitário. No ano de 2009 foram recolhidas 50 mil toneladas, que correspondem a 30% do que é colocado no mercado.

Portugal, conseguiu, em 2009, uma média de 4,7 quilos por habitante/ano, ultrapassando a meta europeia de 4Kg/hab/ano.

Coabora!

Artigo adaptado do Jornal "O Expresso" de 30 de Dezembro de 2010.

Novas rotas marítimas devido ao degelo dos Glaciares

Infelizmente a influência directa, mais que comprovada, do aumento das temperaturas na Terra no degelo dos glaciares está a abrir novas rotas marítimos no Árctico.

O aumento das temperaturas no Polo Norte, provocou o desaparecimento de 1400 Km3 de gelo multiyear (camadas de vários anos) entre 1993 e 2009.

De facto, não há data certa para o início da navegabilidade das novas rotas que ficarão abertas com as passagens do Noroeste e do Nordeste do Árctico. A partir de agora, será possível unir o Canadá à Sibéria.

Mas a problemática ambiental é a que se destaca, pois as riquezas guardadas pelo gelo há milhões de anos, vão ser disputadas pelos países que fazem fronteira a essa rota, como os Estados Unidos, Rússia, Canadá, Gronelândia (Dinamarca) e Noruega, o que poderá expectar uma enorme catástrofe ambiental.

Notícia adpatada do Jornal o "Expresso", de 30 de Dezembro de 2010

Águas diluvianas provocam cheias um pouco por todo o mundo

Centenas de milhares de pessoas ficaram desabrigadas pelas piores enchentes em décadas no noroeste do Paquistão, onde, dezenas de pessoas morreram, em Julho de 2010.

As chuvas começaram no distrito de Swat, situado na província de Khyber-Pakhtunkhwa, e transbordaram o rio de mesmo nome. Nunca foi o Paquistão tinha enfrentado uma situação desta magnitude. 

As inundações causaram danos, igualmente em terras e propriedades.

Segundo a "Dawn", um "grande número" de casas e pontes, assim como escolas, estradas e mesquitas foram destruídas nas regiões, que ficaram sem fornecimento de energia eléctrica e gás devido aos danos nas linhas de transmissão.

As piores cheias em décadas deixam milhares de hectares da paisagem australiana debaixo de água no nordeste da Austrália, onde o Exército teve de distribuir provisões nas regiões mais atingidas. Esta tragédia atinge o país desde o fim de mês de Novembro.

“Isto é um desastre natural de grandes proporções e para a recuperação será preciso um tempo considerável”, revelou a chefe do Executivo australiano por meio de um comunicado.

Até aquele momento, 200 mil cidadãos de 22 localidades do estado de Queensland foram atingidos pelas inundações, consideradas as piores das últimas cinco décadas.

Várias localidades foram declaradas zonas de calamidade quando os rios subiram mais de 50 centímetros acima do recorde de cheias anteriores. Por exemplo, houve rios ,como o Burnett, que subam 7,5 metros, mais 30 centímetros que no recorde de 1954.

De acordo com as previsões das autoridades, as inundações não diminuirão em várias áreas do estado ao longo ao longo do mês de Janeiro.

O nível do caudaloso do rio Fitzroy alcançou, antes do previsto, os 9 metros de altura e teme-se que chegue a 9,4 metros, o que deixaria Rockhampton totalmente incomunicável, com 400 casas alagadas e milhares sem condições de moradia neste momento.

Para além das vidas humanas, os prejuízos foram muito avultados avultados e atingem cerca de 760 milhões de euros, incluindo perdas irreversíveis nas colheitas de girassol e de algodão e na enorme quantidade de gado afogado.

As enchentes causadas pelas fortes chuvas no nordeste da China, em Julho passado, causaram, no mínimo 928 mortos e prejuízos no valor de dezenas de biliões de dólares.

Em toda a China, um total de 875 mil casa foram destruídas, 9,6 milhões de pessoas foram evacuadas e 22 milhões de hectares destinados à agricultura foram inundados. 

As piores inundações da China ocorreram em 1998, quando 4.150 pessoas morreram, devido às cheias provocadas pelo rio Yangtze. 

A China enfrenta chuvas torrenciais a cada verão, mas as chuvas deste verão foram as piores em mais de uma década. Por exemplo, o rio Yangtze subiu 15% a mais do que a média.

Estas catástrofes naturais confirmam as alterações climáticas que se observam no planeta. Com o aquecimento global estas catástrofes vão-se multiplicando e batendo recordes atrás de recordes, que conduzem a grandes tragédias humanas e económicas. Mas é, também, de salientar, que a excessiva precipitação em alguns pontos do planeta, é acompanhada por secas prolongadas noutros, conduzindo a problemas de desertificação muito graves, que arrasam os campos agrícolas, tornando os solos estéreis, acentuando a pobreza, a fome e grandes fluxos migratórios forçados.

A Pobreza e as desigualdades na OCDE


A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) engloba os países mais desenvolvidos a nível mundial, que se repartem pela América do Norte, América Central, Europa Ocidental e do Norte e Oceânia. Do continente asiático o Japão também faz parte.

Porém, nem todos se encontram no mesmo patamar de desenvolvimento, sobressaindo os países da OCDE de rendimento elevado.

"A verdade é que entre os 30 membros da OCDE, há notórias diferenças na distribuição dos rendimentos e na taxa de população atingida pela pobreza. A Dinamarca era, em 2005, o país com menor fosso entre ricos e pobres e onde a pobreza é menos grave. No outro extremo, está o México, seguido da Turquia e logo depois por Portugal. Nisto, os Estado Unidos são nossos vizinhos e vemos a Espanha com nove países de permeio.

O relatório "Crescimento Desigual?- A distribuição de Rendimento e a Pobreza nos Países da OCDE" segue um critério para estabelecer a tabela da desigualdade, dividindo o rendimento dos agregados pelo número dos seus membros. Os cálculos são feitos sobre indicadores de meados desta década. 

O documento assinala que a pobreza dos reformados baixou em muitos países. Por contraste, a pobreza infantil aumentou, ficando acima da média da população. "A pobreza infantil precisa de mais atenção", alerta a OCDE. O mesmo deve acontecer com os jovens adultos e as famílias com filhos, onde se acentuou a pobreza."1

A questão do crescimento da pobreza infantil é deveras preocupante, devido ao elevado envelhecimento demográfico que estes países observam. Deste modo, se as famílias com mais filhos começam a revelar índices de pobreza elevado é porque os mecanismos de apoio à natalidade são muito insuficientes e isso irá retrair os casais de terem filhos. Esse facto, acentua o envelhecimento populacional, com as consequências económicas que advém para estas sociedades.

Para além das extremas desigualdades existentes entre os países desenvolvidos, na globalidade, do hemisfério norte e os países em desenvolvimento, na globalidade, do hemisfério sul, devem destacar-se as desigualdades existentes nos chamados "países ricos", que atingem, cada vez mais, proporções elevadas.

1
Por Eduarda Ferreira, Jornal de Notícias.



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