terça-feira, 12 de novembro de 2013

Filipinas: Destruição depois do Haiyan

 
O Haiyan, considerado um dos piores tufões a atingir as Filipinas, deixou um rasto de destruição na sua passagem pelo arquipélago, como confirmou à euronews Clara Reyes, a presidente da Câmara Municipal de Córon, na província de Palawan.
 
Com uma população de 45 mil pessoas, 11 mil foram afetadas.
 
“Não temos eletricidade, nem água e as reservas de alimentos podem durar apenas seis dias. O problema é que o município não tem dinheiro para pagar o transporte de bens de socorro, estes são todos voos comerciais. Portanto, quando falamos de bens de socorro, claro que não há qualquer conotação humanitária”, queixa-se a autarca.
 
Córon situa-se na última ilha do arquipélago das Filipinas a ser atingida pelos ventos de 275 quilómetros por hora, antes do Haiyan se dirigir para o Vietname.
 
Clara Reyes narra que “quando o tufão chegou foi como se estivéssemos atrás de um jato comercial, que está pronto a descolar. Era isso que parecia… Durou três horas e houve uma pausa de talvez duas. Creio que estávamos no centro da tempestade, duas horas depois, começou de novo.”
 
A autarca informa que precisam “urgentemente, de alimentos básicos como arroz e água potável. Precisamos de medicamentos como antibióticos, remédios para tosse e febre, redes mosquiteiras, cobertores e roupas… Pois 85,5 por cento da nossa população perdeu a casa, incluindo os seus haveres. Para que possam reconstruir as suas vidas precisam, pelo menos, de ter roupas para vestir.”
 
 

São já dez mil o número de mortos causado pela passagem do tufão Haiyan pelo aquipélago das Filipinas.
 
A estimativa é do chefe da polícia regional da província de Leyte. A maioria dos mortos foi vítima de afogamento, deslizamento de terra e desmoronamento de casas e edifícios.
 
O super tufão, o mais violento de sempre na região, terá também arrasado entre 70% a 80% da cidade de Tacloban, no litoral leste do país pelo que se estima que o balanço final da catástrofe seja ainda mais negro.
 
Tacloban é uma região de destroços a céu aberto com milhares de desalojados estradas intransitáveis e cadáveres espalhados por todo o lado.
 
O Conselho para a Gestão e Redução de Desastres do país informou que cerca de quatro milhões de pessoas de 36 províncias das Filipinas foram afetadas pelo fenómeno, qualificado como super tufão, com ventos que superaram os 240 km/h.
 
O Haiyan é agora esperado no Vietname onde deve chegar segunda- feira e embora esteja prevista uma perda de intensidade, receia-se a sua força destruidora.
 
Em Hanoi a população ativa-se para proteger as suas casas e as autoridades vietnamitas evacuaram várias localidades que estarão na rota a tempestade, mais de 200 mil pessoas foram deslocadas.


Notícia adaptada da Euronews, Novembro de 2013

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