Também no Iémen, desde 14 de Fevereiro, existem movimentos de revolta contra o presidente Ali Abdullah Saleh. O movimento de revolta contra sistemas ditatoriais tem conhecido proporções nunca antes observadas. O movimento de revolta na Tunísia alastrou pelo mundo árabe e são muitos os países que contam com movimentos semelhantes, nomeadamente em Marrocos, Argélia, Líbia, Egipto (que já originou a queda de Mubarak), Iémen, Barhein, Arábia Saudita, Irão, passando, também, pela Costa do Marfim e Sudão.
Restará saber se estes movimentos originarão a implantação de regimes livres e democráticos, capazes de acrescentar qualidade de vida às populações desses países.
O Iémen é um país árabe, situado na extremidade sudoeste da Península Arábica. Faz fronteira, a norte, com a Arábia Saudita, a leste com Omã, a sul com o mar da Arábia e pelo golfo de Áden, possui ainda uma ligação à Eritreia através do mar Vermelho.
Possui, ainda, algumas ilhas situadas ao largo do Corno de África. A sua capital é Sana.
O Iémen, possui uma área de 527 968Km2, e possui cerca de 20.000.000 de habitantes.
Também aqui se originaram movimentos de contestação ao líder. Cerca de três mil estudantes e activistas manifestaram-se, em 14 de Fevereiro na capital do Iémen exigindo a demissão do presidente Ali Abdullah Saleh, que se viu forçado a reforçar a segurança na capital e deixando claros sinais de estar disposto a reprimir com violência novas manifestações. Acrescente-se, que Saleh está no poder há mais de três décadas (32 anos) e mantém nas estruturas do poder diversos familiares.
Ainda até hoje, os confrontos não pararam. Em Al-Jawf aconteceram novos violentos confrontos entre a população e os militares, que invadiram um edifício do governo municipal.
Confrontos semelhantes aconteceram em Maarib (região do centro do Iemén, onde se encontram diversos campos de petróleo e gás natural), em Taiz (cidade a 200 quilómetros a sul da capital). Sucedem-se as manifestações em Al-Hawta, capital da província de Lahej, na província de Dalea, no sul do país
Mas a a maior tensão existe na zona da capital onde se encontram acampados há várias semanas 20 mil manifestantes, cercados por soldados e veículos blindados que podem atacar a qualquer momento.
Estes confrontos e a violência exercida sobre os manifestantes impediram um acordo, quase atingido, entre Saleh e a oposição, que se baseava na renúncia à presidência, no fim do presente mandato, em 2013, reforma das leis eleitorais e não passar o poder para o seu filho.
A ONU, em nota, Ban Ki-moon disse que governo e oposição têm que chegar a um entendimento para o diálogo.
O Secretário-Geral da ONU está preocupado com o uso da força policial contra manifestantes no Iémen.
A ONU defende que o governo iemenita deve respeitar os direitos humanos internacionais e investigar as alegações de assassinatos e outras violações.
O Secretário-Geral da ONU está preocupado com o uso da força policial contra manifestantes no Iémen.
A ONU defende que o governo iemenita deve respeitar os direitos humanos internacionais e investigar as alegações de assassinatos e outras violações.
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