A camada de ozono localiza-se na estratosfera (a partir dos 25 km de altitude) e possui a capacidade de absorver o calor irradiado pelo sol, contribuindo para o equilíbrio térmico do planeta Terra (15º C).
Para além da absorção de calor, a camada de ozono filtra cerca de 95% das radiações ultra-violetas, que são nocivas para os seres vivos. Porém, os 5% restantes são benéficos para a vida, pois contribuem para a produção de vitamina D, indispensável ao normal desenvolvimento dos ossos.
Desta forma, o problema surge quando estas percentagens se desiquilibram, passando pela camada de ozono mais do que os 5% ideais.
Os agressores da camada de ozono
A agressão que vêm sendo realizada pelo Homem à camada de ozono, com a emissão de CFC (clorofluorcarbonetos), provenientes, sobretudo dos sistemas de refrigeração, dos aerossóis, de espumas e solventes industriais, são os principais responsáveis pela destruição desta camada. Basta, para isso, referir que um único átomo de cloro destrói milhares de moléculas de ozono e que alguns CFC podem manter-se na atmosfera durante mais de 100 anos!
Outros gases agressores: Halons, presentes em extintores, o Tetracloreto de carbono, utilizado em laboratórios e o Brometo de metilo, presente nos pesticidas agrícolas.
Principais consequências dos gases agressores:
A principal consequência dos gases agressores é a diminuição da espessura da camada de ozono, ou seja, o designado "buraco de ozono". A partir daí, a protecção exercida sobre os raios UV (ultravioletas) é menor e podem surgir problemas graves, tais como:
- Saúde humana: cancro da pele (em Portugal registam-se, a cada ano que passa, mais 10 000 novos casos de cancro da pele); queimaduras e envelhecimento precoce da pele; cataratas (doença oftalmológica) e diminuição da protecção imunitária do nosso organismo, o que pode conduzir ao aparecimento de doenças infecciosas.
- Plantas e fitoplâncton: afecta o crescimento das plantas e produz alterações genéticas no fitoplâncton, introduzindo-se, depois, na cadeia alimentar.
Formas de reduzir os efeitos agressores (exemplos):
- Verificar se os aerossóis (sprays) estão rotulados como protectores da camada de ozono;
- Fazer uma correcta manutenção dos aparelhos de ar condicionado;
- Ao entregar equipamentos de refrigeração nos pontos electrão, ou locais de recolha própria, retirar o gás refrigerante dos mesmos, em empresas específicas para o efeito;
- Verificar se os extintores que utilizamos possuem produtos alternativos aos Halons;
Estas medidas que vão de encontro às iniciativas tomadas no Protocolo de Montreal, onde se recomendou aos países a não utilização de CFC e, por exemplo, a utilizaçao de butano e propano, em sua substituição, dando a cada um dos países que assinaram o protocolo (150 no seu total) dez anos para a adaptação às novas recomendações.
As medidas tomadas preveêm a estabilização e regeneração da camada de ozono. A recomposição total da espessura da camada de ozono perspectiva-se para 2065.