quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A importância da educação no desenvolvimento das sociedades

O Acesso à educação é fundamental para a instrução de um povo e quanto maior for a sua instrução, maior é a capacidade de desenvolvimento de um país, visto possuir mão-de-obra qualificada.

Infelizmente, a nível mundial o acesso à educação não é possível para todos. Pelo contrário, muitos milhões de jovens nos países em desenvolvimento, sobretudo nas regiões mais pobres, como a África Subsariana, países Árabes e Ásia Meridional, não têm acesso à educação. As crianças começam a trabalhar desde muito jovens, na luta pela sobrevivência, e as raparigas são fortemente penalizadas pela discriminação que ainda existe nestas regiões.

Porém, fiquei deveras agradado com uma reportagem publicada por Margarida Mota, no Jornal o Expresso, sobre o sultanato omanita.

De facto, Omã é um país situado na Arábia, mais especificamente na extremidade oriental da Península Arábica, cuja capital é Mascate.  O seu território é limitado a norte pelo Golfo de Omã do qual se estendem as costas do Irão e Paquistão, a leste e sul com o Mar Arábico a oeste com o Iémen e a Noroeste com a Arábia Saudita e com os Emirados Árabes Unidos.

Localização de Omã


Essa reportagem é sobre a educação em Omã, que fica localizado numa região mundial onde o acesso à educação é muito limitado, daí a sua pertinência.

Segundo o artigo o sultanato omanita é a 'estrela' do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 2010 das Nações Unidas, visto que foi o país que mais melhorias registou.

"Omã foi, num universo de 135 países, aquele que mais progressos registou no IDH de 2010".
"...A educação formal em Omã começou apenas em 1970, ano que Qaboos bin Said subui ao trono do sultanato."
Qaboos bin Said afirmou "Mesmo que não tenhamos edifícios, temos de educar as nossas crianças, ainda que à sombra das árvores". Esta frase passou a ser um lema.
"Omã tinha apenas três escolas, frequentadas por 900 crianças - todas do sexo masculino - , não havia currículos nacionais e os professores eram contratados nos países vizinhos.
Qaboo elegeu os recursos humanos como o maior recurso e o maior activo de Omã e encetou um programa de modernização e abertura ao exterior.
... Hoje, o sultanato tem à volta de 1300 escolas (públicas e privadas) e as crianças começam a aprender inglês e informática na escola primária. Rapazes e raparigas têm as mesmas oportunidades no acesso à educação."

Hoje Omã é um país diferente, e após a qualificação dos seus recursos humanos consegue, segundo o relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), uma esperança média de vida de 76,1 anos de idade, por exemplo superior à do Brasil (72,9), próxima da de Portugal com 79,1.

Também, relativamente à defesa da igualdade entre homens e mulheres Qaboos se destacou com a seguinte frase 'o país é como um pássaro, uma asa é feminina e a outra é masculina, e não pode voar sem as duas'. Assim, as mulheres omanitas estão hoje no mesmo patamar dos homens, têm direito ao voto, desde que o mesmo foi instituído no país e ocupa altos cargos ministeriais e diplomáticos ou são empresárias, sem qualquer tipo de retaliação salarial.

Esta é, certamente, uma lição a estudar por muitos países.

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