quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Síntese do IDH - Índice de Desenvolvimento Humano 2019

Em 2017, África contínua a apresentar um Índice de Desenvolvimento Humano mais baixo das demais regiões do globo. No hemisfério sul dominam os países com um nível de desenvolvimento humano baixo ou médio, enquanto no hemisfério norte quase todos obtêm uma pontuação considerada elevada ou muito elevada. 

No conjunto dos 38 países com um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) considerado baixo, cerca de 81,25% são africanos. Os três países com índice de desenvolvimento humano mais baixo são a Nigéria (0,354), a República Centro-Africana (0,367) e o Sudão do Sul (0,388). Entre os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), Guiné-Bissau (0,455) e Moçambique (0,437) são, respetivamente, o 26º e o 29º dos países com um IDH mais baixo. Cabo Verde (0,654), Guiné Equatorial (0,591), S. Tomé e Príncipe (0,589) e Angola (0,581) fazem parte do grupo de países com o IDH Médio. 

A maioria dos países da OCDE e todos da UE-28 possuem um IDH muito elevado (> 0,80 pontos), sendo que a Noruega (0,959), a Suíça (0,944) e a Austrália (0,939) apresentam os valores mais elevados de desenvolvimento medidos por este indicador.

Entre os 59 países com Índice de Desenvolvimento Humano muito elevado e no total dos 189 países e territórios, Portugal ocupa a 41º posição no ranking, com um valor em 2017 de 0,847

www.observatorio-das-´desigualdades.com


✅ É verdade que Portugal tem menos poder de compra do que há 20 anos

terça-feira, 3 de novembro de 2020

Lisboa com mais do dobro do poder de compra per capita do resto do país


Lisboa com mais do dobro do poder de compra per capita do resto do país

 

Instituto Nacional de Estatística divulgou os dados da 13.ª edição do Estudo sobre o Poder de Compra Concelhio relativo a 2017.

                                    © Jorge Amaral/Global Imagens


O poder de compra per capita dos portugueses, em 2017, era superior à média nacional em 32 dos 308 municípios nacionais. Os dados são do Instituto Nacional de Estatística (INE), que destaca que se trata, "maioritariamente", de municípios localizados nas duas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, ou coincidentes com capitais de distrito. A cidade de Lisboa, só por si, tem mais do dobro do poder de compra per capita do resto do país.

Tendo por referência o valor nacional de 100, o indicador per capita do poder de compra (IpC) das regiões autónomas era, em 2017, de 87,3 nos Açores e de 86,5 na Madeira. Já Portugal Continental apresentava um valor de 100,7. A Área Metropolitana de Lisboa, com 124,1, constituía a única região NUT II com um valor superior à média nacional; o Algarve aproxima-se da média, com 99,1, e as restantes regiões NUTII do Continente - Norte, Centro e Alentejo -, ficam mais longe com 92,1 de IpC no Norte, 90,1 no Alentejo e 88,3 no Centro.

Em termos de municípios, Lisboa ocupa o primeiro lugar do ranking, com 219,6, e, nas primeiras 15 posições, correspondentes a um IpC superior a 110, estão ainda três outros concelhos da Área Metropolitana de Lisboa (AML): Oeiras (156,5), Cascais (122,1) e Alcochete (118,8). Mas há 10 municípios da AML com um poder de compra abaixo da média nacional, com o INE a destacar os casos da Moita, Odivelas e Seixal, todos com menos de 90% da média nacional.

Já a Área Metropolitana do Porto tem um poder de compra de 104,4, sendo que seis dos seus 17 municípios superam a média nacional. E, destes, quatro superavam, também, a média metropolitana: Porto com 157,8, São João da Madeira com 135,4, Matosinhos com 123 e Maia com 110,7. Acima da média estavam, também, Espinho (103) e Vila Nova de Gaia (100,1), sendo que os restantes concelhos metropolitanos do Porto registam todos um poder de compra per capita abaixo da média nacional. Aqui, destaque para Arouca (70,8) e Paredes (79,8) que não chegam, sequer, aos 80% do poder de compra médio em Portugal.

"Além dos território metropolitanos, também os municípios correspondentes a algumas capitais de distrito revelaram um poder de compra per capita superior à media nacional, com relevância para Faro (132,5), Coimbra (128,7), Aveiro (123,1) e Évora (117,3), com valores de IpC superiores a 110. Com resultados acima deste limitar estavam, ainda, os municípios de Sines (128,7), no Alentejo Litoral, do Funchal (114,3), na Região Autónoma da Madeira, e de Albufeira (112), no Algarve. "Esta análise sugere assim, uma associação positiva entre o grau de urbanização das unidades territoriais e o poder de compra aí manifestado", pode ler-se no relatório do INE.

O Instituto de Estatística refere, ainda, que 149 municípios, ou seja 48% do total, apresentavam valores de indicador de poder de compra per capita inferiores a 75. Dos 10 municípios com menor poder de compra, cinco pertenciam ao interior da região Norte, quatro à Região Autónoma da Madeira e um à região Centro.

Os dados, hoje divulgados, referem-se à 13ª edição do Estudo sobre o Poder de Compra Concelhio relativo a 2017.

Dinheiro Vivo
12 Novembro 2019 — 18:50

segunda-feira, 13 de abril de 2020

7 curiosidades sobre as energias renováveis

As energias renováveis são cada vez mais essenciais na produção da energia que consumimos no nosso quotidiano. Apresentam duas grandes vantagens: são renováveis, logo infinitas e amigas do ambiente.

Essas fontes de energia sempre existiram na natureza, no entanto foi necessário recorrer à tecnologia para captar essa fontes energéticas e convertê-las, por exemplo, na energia elétrica que utilizamos diariamente nas nossas casas, no local de trabalho ou na nossa escola.

Para simplificar a compreensão de como se realiza a captação de algumas das fontes energéticas que o planeta coloca à nossa disposição a EDP criou um link na sua página e que nos responde às seguintes sete curiosidades (podes clicar no como funciona de cada uma das questões para teres acesso direto à resposta):

Sol
A cada hora que passa, o sol emite energia suficiente para dar resposta às necessidades energéticas de todo o mundo durante um ano inteiro.
Como funciona?

Vento
A maior turbina eólica do mundo encontra-se no Havai. A sua altura é superior à de um prédio de 20 andares e as pás das turbinas têm a envergadura de um campo de futebol!
Como funciona?

Rios
No ano de 200AC, portanto há mais de 2000 anos, populações na China e no Médio Oriente já usavam moinhos para bombear água no quotidiano.
Como funciona?

Hidrogénio
A combustão de hidrogénio pode ser usada para mover veículos, como as naves da NASA, e liberta vapor de água em vez de gases poluentes.
Como funciona?

Calor da Terra
A energia geotérmica é aproveitada há milhares de anos. As nascentes de água quente eram usadas no paleolítico para cozinhar e, muito mais recentemente pelos romanos, para tomar banho.
Como funciona?

Oceanos
As ondas da Nazaré não servem só para surfar... o primeiro Parque do mundo para a produção de eletricidade a partir das ondas foi inaugurado em Portugal, na Póvoa de Varzim.
Como funciona?

Matéria orgânica
Esta energia pode ser 100% limpa, pois o CO2 produzido pela combustão de plantas é compensado pela absorção do CO2 equivalente, por parte das próprias plantas, durante a fotossíntese.
Como funciona?

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Último Janeiro foi o mais quente desde que há registos

Os quatro meses de janeiro mais quentes aconteceram nos últimos quatro anos. Na Antárctida, foi registado, já em Fevereiro, um recorde de 18,3 graus Celsius e, três dias depois, os termómetros registaram uma temperatura máxima de 20,7 graus.

O último mês de Janeiro foi o mais quente desde que há registos climáticos – que existem há 141 anos –, avançou na quinta-feira a agência norte-americana para os oceanos e atmosfera (NOAA, na sigla em inglês). Os quatro meses de Janeiro mais quentes, desde que há registo, aconteceram nos últimos quatro anos, desde 2016. Os dez mais quentes aconteceram desde 2002.

Ainda que o primeiro mês de 2020 tenha sido o mais quente a nível global, na Europa foi o segundo mais quente desde que há registos, estando Janeiro de 2007 a encabeçar a lista. Contrariamente à tendência global, o Alasca teve o mês de Janeiro mais frio desde 2012. Pelo resto do mundo, foram registados recordes de temperatura máxima em partes da Escandinávia, da Rússia (incluindo a Sibéria), da Ásia, no oceano Índico, no oceano Atlântico e em partes da América Central e do Sul, refere a NOAA. Na cidade sueca de Orebo, por exemplo, os termómetros chegaram aos 10,3 graus Celsius, a temperatura mais alta desde 1858. Já a cidade norte-americana de Boston registou o mês de Janeiro mais quente de sempre, com os termómetros a chegar aos 23 graus.
O mês passado foi também o 44.º Janeiro consecutivo em que foram registadas temperaturas superiores à média do século XX, 1,14 graus acima da média. O recorde ganha relevância também por não ser influenciado pelo fenómeno climático cíclico El Niño, caracterizado pelo aquecimento das águas do oceano Pacífico, que causa um aumento das temperaturas globais.



Segundo a Organização Meteorológica Mundial, a última década terá sido também a mais quente desde que há registos.



Na Antárctida um novo recorde: 20,7 graus

Já este mês de Fevereiro, a Antárctida começou com um recorde de temperatura: no dia 6, o continente gelado atingiu os 18,3 graus Celsius na Península Antárctica, onde fica a estação de investigação argentina Esperanza.

Apenas três dias depois deste primeiro recorde, a Antárctida chegou aos 20,75 graus, registados na base Marambio, na ilha Seymour. O cientista brasileiro Carlos Schaefer disse à agência de notícias AFP que “nunca tinham visto uma temperatura assim tão alta na Antárctida”, mas alertou que se trata de uma medição pontual e não de uma série prolongada de dados que permita avaliar tendências.
“Não podemos usar esta medição para antecipar mudanças climáticas no futuro. É uma só medição. É simplesmente um sinal de que algo diferente está a acontecer nesta área”, acautelou. Ainda assim, segundo a Organização Meteorológica Mundial, a Península Antárctica é um dos locais da Terra onde o aquecimento tem sido mais rápido. Nos últimos 50 anos, a temperatura média subiu cerca de três graus — o que está a causar o degelo de quase todos os glaciares da região.
Adaptado de Jornal "O Público", por Cláudia Carvalho Silva.
14 de fevereiro de 2020

O mapa do Carbono

As emissões de carbono estão na base do aquecimento global do planeta. Para que se possa ter uma ideia aproximada de quais são os maiores pr...